Terapia a laser para a restauração das funções vaginais
Resumo:
A terapia de laser tem papel terapêutico para várias condições médicas e, mais recentemente, ganhou atenção/interesse como um tratamento não hormonal para a Síndrome Genito-urinária da Menopausa (SGM) e como opção não invasiva para Incontinência Urinária de Estresse. Diversas terapias são capazes de aliviar os sintomas da SGM, incluindo produtos hormonais e não hormonais. Ambos Laser Fracionando Microablativo e Laser Vaginal Er:YAG não ablativo (VEL) induzem mudanças morfológicas no tecido da vagina e dados de testes clínicos não randomizados sugerem que a Laser Terapia pode aliviar a secura vaginal e a dispareunia. O VEL tem sido reportado/noticiado/repercutido como uma maneira de melhorar a SUI, como também melhorar o prolapso vaginal.
Embora muitos testes randomizados não tenham sido reportados/noticiados, as evidências sugerem que o VEL pode ser uma alternativa segura e eficaz para a terapia de reposição hormonal (TRH) no tratamento de SGM, além de ser a primeira opção de tratamento para médio até moderado grau de SUI, antes mesmo da necessidade de cirurgia. São necessários estudos randomizados para comparar o tratamento a laser com outras terapias, além da avaliação da duração dos efeitos terapêuticos e da segurança de repetidas aplicações. Atualmente, a pesquisa está avaliando uma sonda robótica automatizada para tratamentos com VEL e uma sonda intrauretral para o tratamento de SUI, de grau grave e tipo III.
A abordagem da saúde sexual na pós-menopausa
Resumo:
Objetivos: Determinar se uma vida sexual ativa em pacientes com menopausa – fato apontado durante uma consulta ginecológica – ajuda no diagnóstico de problemas sexuais.
Projeto do estudo: Um estudo multicêntrico, analítico, transversal foi realizado em 12 hospitais espanhóis. Nas consultas ginecológicas, a análise médica padrão foi feita, mas, inicialmente, questões relacionadas à sexualidade/vida sexual foram omitidas, ao menos que o próprio paciente falasse sobre. Então, após cinco minutos, os ginecologistas ofereceram a opção de conversa sobre sexualidade e as pacientes foram perguntadas sobre a possibilidade de problemas sexuais. Na maior parte dos resultados, foram observados a prevalência de problemas sexuais.
Resultados: Um total de 256 mulheres na pós-menopausa participaram do estudo. Destas, 12,1% relataram ter um problema sexual durante os primeiros 5 minutos da entrevista. A prevalência de pacientes com problema sexual aumentou em 35,9% (de 12,1% para 48,0%) quando foram questionadas sobre sexualidade após 5 min. Os principais fatores associados a ter um problema sexual foram Síndrome Genito-urinária da Menopausa (SGM) e ter um parceiro sexual estável.
Conclusão: Perguntar para mulheres na pós menopausa sobre a sexualidade em consultas ginecológicas é uma ferramenta importante para aumentar o número de diagnósticos de problemas sexuais. Ginecologistas devem, rotineiramente, perguntar sobre a sexualidade.